quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Quimeras


O vento que leva é o mesmo vento que traz
O medo que angustia é o mesmo que retrai e atrai
O tempo que foi não volta mais

O moinho de vento impulsiona a roda da vida
Num movimento cíclico onde tudo volta ao mesmo lugar
Ter coragem de mudar o vento, sem ter medo do momento no determinado tempo
Desgarrar –se de si, e sentir que o dia amanheceu
Transcender em si o desejo de viver sentindo a vida  pedir clemência e atenção
Ouvi lá e deixar –se contaminar numa sinestesia inebriante ao ponto de sentir  o pulsar do sangue na veia querendo expurgar
todos os demônios contido, que aterrorizam teus pensamentos, medos e anseios.

Quimeras invadem meus pensamentos...que outrem não vêem nem lêem
Incógnitas indecifráveis, nem eu as entendo
E o coração em chamas, lateja
Querendo acalento na alma
Sufocado com o peso de uma lágrima
Não derramada.

O vento que leva é o mesmo vento que traz
O medo que angustia é o mesmo que retrai e atrai
O tempo que foi não volta mais

                                                     ***Cristiane Apda das Virgens***

Quando Eu Estiver Cantando - Cazuza


Tem gente que recebe Deus quando canta
Tem gente que canta procurando Deus
Eu sou assim com a minha voz desafinada
Peço a Deus que me perdoe no camarim
Eu sou assim
Canto pra me mostrar
De besta
Ah, de besta
Quando eu estiver cantando
Não se aproxime
Quando eu estiver cantando
Fique em silêncio
Quando eu estiver cantando
Não cante comigo
Porque eu só canto só
E o meu canto é a minha solidão
É a minha salvação
Porque o meu canto redime o meu lado mau
Porque o meu canto é pra quem me ama
Me ama, me ama
Quando eu estiver cantando
Não se aproxime
Quando eu estiver cantando
Fique em silêncio
Quando eu estiver cantando
Não cante comigo
Quando eu estiver cantando
Fique em silêncio
Porque o meu canto é a minha solidão
É a minha salvação
Porque o meu canto é o que me mantém vivo
E o que me mantém vivo

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Um pouco de mim sem mim
                   Pensamentos vagos

               Túnel sem fim
 

Em mim um sim
                   Em sim um não
             No não um vão
No vão um então

Um pouco em mim  sem mim
E os pensamentos taciturnos me invadem
As palavras ardem em minha  mente
Quente... eloquente... de repente.
Eu sucumbindo aos poucos
Me consumindo em minhas aflições
Delírios ...presa em meu mundo
Surdo...mudo
Tonta de tanta solidão
Minha alma  dilacerada...
em pedaços desperta o âmago da dor
silenciada por um sim em mim.

                                                                         ...Cristiane Apda das Virgens...

Iluminuras

Iluminuras

Pensamento vem de fora
e pensa que vem de dentro,
pensamento que expectora
o que no meu peito penso.
Pensamento a mil por hora,
tormento a todo momento.
Por que é que eu penso agora
sem o meu consentimento?
Se tudo que comemora
tem o seu impedimento,
se tudo aquilo que chora
cresce com o seu fermento;
pensamento dê o fora,
saia do meu pensamento.
Pensamento, vá embora,
desapareça no vento.
E não jogarei sementes
em cima do seu cimento.
                      Arnaldo Antunes                                       

O Trem

O trem já vinha vindo... Calma, disse ela com os olhos lacrimejados... tens que ir mesmo? (...pausa...) ...uma lágrima, percorreu, p...