segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

A Dama da Noite



Era meia noite e a madrugada caia.

O orvalho das folhas saudava a primavera e o cheiro da dama da noite exalava dilatando os poros da pele, para sentir e deixar penetrar a gota do orvalho que escorria e enfeitiçava convidando a Dama da Noite que ali passava.

Os olhos Dela brilhavam ao sentir o néctar e ao ver a Lua pela metade, era como se ela fosse a outra metade da Lua.

A solidão a perseguia, mas ela não se sentia só, estava enfeitiçada com a Lua e o almíscar do orvalho.

A Lua fazia a captação de sua alma, deixando-a em transe.

E a Dama da Noite já se entregara e Ela já não era mais ela, era o Eu que sussurrava em seu ouvido: - Eu estou aqui pronto para te amar.

A Dama da Noite permanecia em transe com a melhor sensação de ser mulher, ela dançava, rodopiava, a transcendência do Eu era tão forte que ela estava em pleno êxtase, num momento sagrado do amor do Ser com o Eu delirante.

A Lua sorria ao ver a cena, pois era exatamente o que ela queria em seu intimo, a Lua era uma espécie de captação de Alma. E assim a Bela Dama da Noite gozava o estado pleno de satisfação, pelo encontro casual que se tornou imortal.

Aos poucos a Dama da Noite adormecia indo de encontro com a aurora.

E quando a Dama da Noite acordou ela não era mais a mesma, Ela havia feito um pacto com o Eu dela de corpo e alma.


                               ***Cristiane Aparecida das Virgens***

O Trem

O trem já vinha vindo... Calma, disse ela com os olhos lacrimejados... tens que ir mesmo? (...pausa...) ...uma lágrima, percorreu, p...