O orvalho das folhas saudava a primavera e o cheiro
da dama da noite exalava dilatando os poros da pele, para sentir e deixar
penetrar a gota do orvalho que escorria e enfeitiçava convidando a Dama da
Noite que ali passava.
Os olhos Dela brilhavam ao sentir o néctar e ao ver
a Lua pela metade, era como se ela fosse a outra metade da Lua.
A solidão a perseguia, mas ela não se sentia só,
estava enfeitiçada com a Lua e o almíscar do orvalho.
A Lua fazia a captação de sua alma, deixando-a em
transe.
E a Dama da Noite já se entregara e Ela já não era mais ela, era o Eu que sussurrava em seu ouvido: - Eu estou aqui pronto para te
amar.
A Dama da Noite permanecia em transe com a melhor
sensação de ser mulher, ela dançava, rodopiava, a transcendência do Eu era tão
forte que ela estava em pleno êxtase, num momento sagrado do amor do Ser com o
Eu delirante.
A Lua sorria ao ver a cena, pois era exatamente o
que ela queria em seu intimo, a Lua era uma espécie de captação de Alma. E
assim a Bela Dama da Noite gozava o estado pleno de satisfação, pelo encontro
casual que se tornou imortal.
Aos poucos a Dama da Noite adormecia indo de
encontro com a aurora.
E quando a Dama da Noite acordou ela não era mais a
mesma, Ela havia feito um pacto com o Eu dela de corpo e alma.
2 comentários:
Perfeito Cris, vou citar vc. Parabens!
Muito Obrigada :)
Postar um comentário